Com o objetivo de fiscalizar
a venda de material
escolar, o Instituto de Metrologia
do Piauí (Imepi) deu
início à Operação “Volta às
Aulas”. Livrarias e papelarias,
da Capital e do interior,
serão visitadas pelos fiscais
do Imepi, que analisam os
principais produtos comercializados
nesta época do
ano, como cadernos, fichários,
mochilas, canetas,
resmas de papel, entre
outros.
O trabalho de fiscalização
acontece até o próximo dia
26 de janeiro. Até lá, a ideia
é retirar das prateleiras
todos os artigos escolares
que estão sendo comercializados
de forma irregular e
que não obedecem aos parâmetros
de qualidade estabelecidos
pelo Inmetro.
Os artigos escolares vão
ser analisados quantitativamente
para verificar se
a quantidade indicada é a
mesma que consta dentro da
embalagem. Produtos como
cadernos, lápis de cor e giz
de cera são periciados por
meio do pré-exame no próprio
estabelecimento comercial.
Já os produtos que
são fiscalizados pelo peso
e metragem são coletados
e recolhidos para testes no
laboratório do Imepi.
“O nosso intuito é inibir
a ocorrência de irregularidades
que podem resultar
em prejuízos financeiros à
população. Todo material
que é utilizado no período
escolar está sendo fiscalizado
e coletado para passar
por uma análise técnica no
nosso laboratório”, pontua o
diretor geral do Instituto de
Metrologia do Piauí (Imepi),
Maycon Danilo.
Os fabricantes e comerciantes
que tiverem seus
produtos reprovados pela
fiscalização do Imepi podem
sofrer multas que variam
de R$ 100 a R$ 1,5 milhão.
“Toda a análise do material
no laboratório é feita na presença
do fabricante, para
que haja mais uma transparência
nessa relação”,
explica.
Em 2015, 6% dos artigos
escolares fiscalizados pelo
Imepi apresentaram algum
tipo de irregularidade.
Segundo Maycon Danilo, a
expectativa é que esse índice
diminua em 2016. “Devido a
nossa intensa fiscalização e o
cuidado de estar orientando
os comerciantes, esperamos
que esse índice seja bem
menor este ano”, comenta.
Pais também devem
ficar atentos à
qualidade dos produtos
Os pais ou responsáveis
também têm um papel
indispensável na fiscalização
dos artigos escolares
comercializados. É
importante ficar atento
às informações contidas
na embalagem e ter certeza
que o produto possui
o selo de garantia expedido
pelo Inmetro. Outro
aspecto que os pais devem
ficar atentos é em relação à
faixa etária indicada para
uso dos produtos. Alguns
materiais não são recomendados
para crianças
pequenas, pois contêm
partes que podem ser
engolidas, ou, até mesmo,
causar alergia.
Raimunda Souza é mãe
de um estudante de 15
anos e, todos os anos, realiza
uma verdadeira maratona
na busca pelo material
escolar. Ela afirma
que o preço não é o único
aspecto levado em conta na
hora da escolha. “Sempre
tenho a preocupação de
observar a qualidade do
material escolar. É uma
forma de evitar problemas
para o filho e também de
evitar prejuízos, porque,
às vezes, compramos algo
de qualidade duvidosa, que
acaba não tendo uma durabilidade”,
afirma.
Outro que se preocupa
com a qualidade do material
escolar dos filhos é
Miguel Pereira. Ele diz
que, ao comprar o produto,
observa se é adequado à
idade de sua filha, de 6
anos. “Nem todo material
é adequado para a idade
dela. Sempre levamos isso
em consideração na hora
de comprar o produto”,
comenta.
Os pais que identificarem
irregularidades na
comercialização de artigos
escolares podem denunciar
os estabelecimentos para
o Imepi, através do telefone
0800 281 1411. “Prontamente
iremos atender
e encaminhar a denúncia
aos nossos fiscais para
analisar o caso in loco”, ressalta
o diretor do Imepi,
Maycon Danilo.
Foto: Assis Fernandes/ODIA
Por: Natanael Souza - Jornal O DIA